quinta-feira, 29 de julho de 2010

Seminário PLEBISCITO LIMITE da PROPRIEDADE da TERRA


O Brasil é o segundo país com maior concentração de terra do mundo, o que significa concentração do poder político e social. O campo e a cidade vivem esta realidade, nesta lógica de exclusão a que estão submetidos. À partir do aprofundamento deste debate, diferentes entidades sociais brasileiras reforçam o quanto é necessário, assim como já foi feito em outros países, construir um processo de limitação da propriedade da terra.

Dentro deste Processo, foi convocado o “Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade da Terra”, a ser realizado no período de 1º a 07 de setembro. Diversas atividades vêm sendo realizadas em nível local, regional e nacional desde maio deste ano para envolver e mobilizar para esta ação. O plebiscito pretende envolver lideranças populares de todos os setores organizados do campo e da cidade. Além de debater a importância de uma nova visão para o campo e a necessidade de uma Reforma Agrária digna, promotora da sustentabilidade, fortalecimento social e da riqueza da agricultura familiar.

No Distrito Federal, uma das principais iniciativas para organizar a participação neste processo será o Seminário sobre o Limite de Propriedade de Terra. O Seminário será dia 31 de julho, na CONDSEF, (SCS, Q2, Bloco "C" - Edifício Wady Cecílio II - 6º andar Brasília), das 9 às 17 horas. Na UNB será realizada uma roda de conversa dia 05 de agosto, 12h, na FA. Contamos com a participação de todos.


Pelo Direito à Terra e à Soberania Alimentar


Seminário

Formação e Mobilização

· 31 de julho, 9h -17h, na CONDSEF

(Setor Comercial Sul, Quadra 2, Bloco C, Ed.Wady Cecílio, 6ºandar)

· 05 de agosto,12h, na UNB

(Auditório Joaquim Nabuco, FA)

http://www.limitedaterra.org.br

plebiscitolimitepropriedadedf@yahoo.com.br

Telefones da secretaria: 3411-7458 e 3411-7554

Contatos UNB: 8539-4002, 8117-7799, 9355-6481





PROGRAMA: SEMINÁRIO PLEBISCITO DO LIMITE DA PROPRIEDADE (31 de julho)


9:00 – Mística de abertura e apresentação dos participantes;

9:15 – Apresentação do Seminário;

9:30 – Debate do Limite da Propriedade (a confirmar):

  • História da concentração de terra no Brasil (Ariovaldo / Sérgio Sauer)
  • Avanço do agronegócio e do capital (concentração de terra, impacto na natureza, terras de propriedade de estrangeiros)
  • Distribuição de terras e Luta por moradia no DF
  • Perspectivas de produção e organização no campo

10:30 – Intervalo;

10:45 – Continuação do Debate;

12:30 – Almoço;


14:00 – Oficina de Trabalho de Base (MTD, MST e Recid);

15:50 – Intervalo;

16:00 – Orientações para a organização do Plebiscito (Tchella e Juliana): divisão dos comitês e debate de questões geradoras e estrutura organizativa;

Gerar de cada grupo:

1. Pergunta geradora local;

2. Nomes para comitês populares;

3. Previsão de cronograma para oficinas, mobilizações, data da votação, número de urnas, nome para referência local, estratégia de mobilização e comunicação;

17:00 – Apresentação dos grupos, entrega dos kits e oficialização dos grupos formados;

17:30 – Mística de encerramento;

* FAVOR CONFIRMAR PARTICIPAÇÃO POR E_MAIL ou TELEFONE até QUINTA, 29 de julho.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

“Les LIP, L’Imagination au Pouvoir” - Os LIPs, a imaginação ao poder

Em “Les LIP, L’Imagination au Pouvoir” o realizador Christian Rouaud acompanha minuciosamente os desenvolvimentos de um dos conflitos sociais mais emblemáticos da França pós-Maio 68. No Verão de 73 e perante o iminente encerramento da fábrica de relógios LIP, em Besançon, e a perspectiva de um despedimento colectivo, os trabalhadores mobilizaram-se de uma forma em tudo fora do vulgar.

Evitando a greve óbvia, optaram por uma redução de produção, que implicava paragens periódicas nas linhas de montagem. Seguiu-se a ocupação da fábrica e a apropriação do stock para venda. Até que chegaram à solução mais simples, manterem o seu local de trabalho trabalhando. Decidiram, pois, continuar a produção de relógios, fazendo uma venda directa numa loja da própria fábrica, sem intermediários e distribuindo o rendimento como salário no que eles chamavam o pagamento selvagem (”paye sauvage”).

Dando a todos a palavra perante a câmara, responsáveis sindicais, trabalhadores, patrões e até um ex-ministro, Christian Rouaud tenta perceber como este movimento captou e tocou todo um país, e como esta organização laboral que se resumia em autogestão se manteve durante alguns anos, numa resistência pacífica às leis de mercado. Os testemunhos em primeira mão são acompanhados de imagens de arquivo, num conjunto coerentemente composto e onde Rouaud deliberadamente evita o voice-over. O seu fervor estende-se à pessoa de Claude Neuschwander enviado pela facção de esquerda do patronato para assumir a direcção da fábrica após este período e que, mais tarde, acabou traído por outras vontades políticas.

“Les LIP, L’Imagination au Pouvoir” é simultaneamente uma pequena lição de história e uma utopia que parece nunca ter acontecido. A plataforma de entendimento e compromisso que teve de existir entre os dois sindicatos presentes na fábrica (CFDT e CGT) teve como base a determinação de não deixar ninguém pelo caminho, com o único e simples objectivo de salvaguardar o trabalho, evidenciando-o como um valor essencial no processo produtivo.

Este filme atesta o trabalho como um direito e a luta colectiva como um meio privilegiado na sua defesa. Sob a insígnia ON FABRIQUE, ON VEND, ON SE PAIE (“fabricamos, vendemos, pagamo-nos”) estava uma noção de solidariedade de que o mundo de hoje bem precisa de ver renovada.

Resenha pessoal feita sobre o filme em 30/08/2009

"Os LIP: a imaginação ao poder” é um registro rico daqueles dias memoráveis dos trabalhadores da LIP, que nos faz ter confiança e esperança no potencial que a classe trabalhadora tem para para se auto-organizar e constituir organizações autogestionárias, para se solidarizar e apoiar levantes sociais e enfrentar as dificuldades impostas pelas injustiças do capitalismo. Obras como estas são mais do que registros para serem guardado ou apreciados em bibliotecas ou museus, são memórias vivas e estimulo para continuar a luta.

É alimento ver nestes relatos de que a auto-organização e a autogestão surgiram entre os trabalhadores da LIP praticamente de forma espontânea, fruto da vivência e das necessidades colocadas pela realidade social da França e pela chamada “Crise do Petróleo”. Claro que ainda eram recentes os fatos históricos do “maio de 68” e por isto forte é a sua influência. Mas isto acontece de forma viva e espontânea e não nostálgica ou artificial, afinal as experiências daqueles momentos incentivaram mais a autonomia do que a domestificação dos trabalhadores.

O filme deixa claro a presença de lideranças sindicais de diferentes correntes políticas, mas expõe também o poder e a autonomia das decisões e a forma como estas foram tomadas por aqueles trabalhadores. A organicidade e a atuação dos seus dirigentes também parecem como fundamentais na construção da autogestão e do poder coletivo. Em uma fala de Charles Piaget, liderança sindical: “A vitória é não precisarmos mais de líderes”.

Coloco esta relação entre a auto-organização e a direção autogestionária em evidência, primeiro porque não acredito que a organização da luta revolucionária de um povo surja do centro-direcionante de um birot ou construída de um balão de ensaio da intelectualidade, mas sim que esta necessita, dentro de várias outros elementos conjunturais, é da auto-organização dos trabalhadores.

É por isto que acredito que experiências e vivências de luta, autonomia e autogestão são elementares para influenciar que multidões se movimentem contra a normalidade do cotidiano. Os ideais de uma sociedade comunista e libertária só podem ser frutos de experiências e vivencias da organização e do sentimento de coletivo vividos na prática. No filme, isto se expressa de diversas formas: no sequestro dos relógios, nas marchas, no choro daqueles que aprenderam viver de forma coletiva a produção e na força simbólica da palavra de ordem gravada nas faixas das Assembléias Gerais da LIP: “Nós fabricamos, nós vendemos, nós nos pagamos”.

Outro fato que impressiona no filme é a solidariedade dos trabalhadores franceses, que compraram relógios, fizeram visitas, trabalharam e marcharam pelos direitos e pela autonomia dos LIPs. Nisto me coloco a pensar que mesmo que esta fábrica de relógio seja territorialmente apenas um foco de 831 trabalhadores, acabou movimentando segundo o próprio filme uma marcha de 100.000 pessoas, ou seja, acabou levantando e simbolizando o desejo de transformação de uma grande massa do povo francês.

Claro que esta movimentação, levantou a represália das classes dominantes e do capital. Num período de crise como aquele, a elite francesa agiu para evitar que este movimento ganhasse força pelo resto do país e realimentasse a luta política tão viva naquele país. Tais períodos de crise acabam por evidenciar as contradições da luta de classe.

Pensando que vivemos hoje em um período de crise econômica, fica a esperança que novos levantes e novas LIPs poderão surgir por mundo afora. E me faz ter a certeza de que a História da Humanidade não só não acabou ou sequer está para acabar, mas de fato é que ela sequer mal começou.

França (1973): A luta dos trabalhadores da LIP

História da Autogestão

França (1973): A luta dos trabalhadores da LIP


A fábrica de relógios Lip era controlada pela companhia suiça Ébauches S. A. (que movimenta 450 milhões de francos suíços por ano, o que equivale a cerca de 3 milhões e 800 mil contos). Esta companhia decidiu fechar a fábrica, por razões de rentabilidade capitalista, o que acarretaria o desemprego dos seus 1.280 trabalhadores.

Toda a luta dos trabalhadores da Lip teve como objectivo inicial evitar o desemprego. Foi porque os trabalhadores da Lip lutaram eles próprios autonomamente que puderam desenvolver, nessa luta prática, formas de organização que ultrapassaram em muito o objectivo inicial de luta contra o desemprego. Vejamos:

1.ª fase de luta: durante um período de dois meses os trabalhadores organizaram-se unicamente para a diminuição da produção normal.

2.ª fase de luta: como a empresa persistia na posição inicial, sem tomar em atenção as reivindicações dos trabalhadores e sem querer pagar os salários dos grevistas, estes passaram a formas de organização que lhes permitissem sustentar a sua luta: gestão directa e total da empresa pelos próprios trabalhadores, com ocupação permanente das instalações, e apossaram-se do stock de relógios existente na fábrica.

Os trabalhadores, para além dos sindicatos e das filiações partidárias, organizaram-se em Assembleia Geral de fábrica, da qual emanaram 5 comissões, inteiramente responsáveis perante essa Assembleia Geral. As comissões tinham funções específicas: montagem dos relógios, comercialização, gestão da empresa, segurança e relações públicas. Diariamente, em Assembleia Geral de trabalhadores, são apresentados relatórios das comissões e o debate é generalizado a todos os trabalhadores.

Como a venda tinha que ser feita fora do circuito comercial capitalista, que se opunha a vender os relógios produzidos pelos operários da Lip, estes tiveram de organizar por toda a parte, através de uma rede de apoio cada vez maior, a venda dos relógios. Na base deste trabalho e também como sua consequência está o grande número de reuniões de massas por toda a França e outros países europeus e o grande movimento de solidariedade desenvolvido.

Decorridos 2 meses de gestão operária, tinham sido vendidos 60.000 relógios fabricados na globalidade pelos operários e vendidos por eles no valor de 9 milhões de francos (cerca de 50.000 contos). É com este dinheiro, saído directamente da venda do produto do trabalho por eles efectuado, que são pagos os salários de todos os trabalhadores, bem como os subsídios de férias e custeadas todas as despesas da luta.

Após 121 dias de greve, em pleno mês de Agosto, 3.000 polícias ocupam as instalações da Lip. Mais de metade dos trabalhadores franceses estão em férias nessa altura; a Lip estava, à hora em que a policia entrou, apenas ocupada por cerca de 50 operários! Os trabalhadores não se desmobilizaram. Mantêm o «stock» de relógios inicial. De forma rudimentar, criam novas instalações fora da empresa para continuar a montagem dos relógios.

Conseguem mais uma vez uma solidariedade activa dos trabalhadores de França e outros países. Apesar da altura de férias, uma enorme manifestação de apoio com dezenas de milhares de pessoas pôde realizar-se. A luta manteve-se durante 11 meses e os trabalhadores conseguiram enfim que a empresa não fosse desmantelada e que os seus empregos fossem garantidos.

Mas a grande lição da luta dos trabalhadores da Lip parece-nos ser a seguinte: a partir da sua luta prática, souberam desenvolver formas de organização que ultrapassaram em muito os problemas imediatos iniciais. Essas formas de organização e de luta aumentam a consciência e a solidariedade dos trabalhadores e constituem a base sólida para o desenvolvimento da revolução comunista, do combate à sociedade de exploração.


O filme: "Les LIP, L’Imagination au Pouvoir" de Christian Rouaud

domingo, 25 de julho de 2010

Plebiscito pelo Limite da Propriedade da Terra


Campanha

De 01 a 07 de setembro de 2010 acontecerá o Plebiscito pelo Limite da Propriedade da Terra organizado pelo Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo (FNRA). Este será o ato concreto do povo brasileiro contra a concentração de terras. O plebiscito será uma consulta feita ao povo para saber se este concorda ou não com o limite da propriedade no Brasil.

Abaixo Assinado

Ao mesmo tempo, já está na internet um abaixo-assinado virtual em prol de um Projeto de Lei de Emenda Constitucional para regular o tamanho da propriedade rural no Brasil

Material de Divulgação

No site do Plebiscito tem um conjunto de materiais e cartilhas que podem contribuir na construção deste debate popular.

Abaixo uma apresentação coletada numa das Cartilhas.


O Brasil é o segundo maior país do mundo em concentração de terras. Cerca de 3% do total de propriedades rurais do país são latifúndios e ocupam 56,7% das terras agricultáveis. Desde a colonização, há mais de 500 anos, existe uma elite agrária que baseia o seu poder no acúmulo de terras e exploram, sem limites, os recursos naturais. Eles não se preocupam em produzir alimentos e desrespeitam qualquer direito social, trabalhista, previdenciário ou político dos trabalhadores e trabalhadoras do campo, que são expulsos de suas terras e, muitas vezes, escravizados ou assassinados pelos latifundiários. Essa realidade compromete a soberania de nosso território, além de romper com a história, a cultura e os saberes seculares dos povos das cidades, dos campos e da floresta.

Um dos instrumentos que podem interferir na perpetuação dessa prática excludente é limitar o tamanho da propriedade da terra. A Campanha pelo Limite da Propriedade da Terra: em defesa da reforma agrária e da soberania territorial e alimentar é uma ação do FNRA para buscar o diálogo e a mobilização da sociedade brasileira, para incluir na Constituição Federal um novo inciso que limite o tamanho da propriedade rural em 35 módulos fiscais. Áreas acima dos 35 módulos seriam automaticamente incorporadas ao patrimônio público e destinadas aos programas de reforma agrária. A aprovação da emenda afetaria pouco mais que 50 mil proprietários de terras.

A Constituição Federal assegura aos cidadãos e cidadãs o “direito à propriedade”. Essa disposição constitucional é interpretada, pelos movimentos sociais e organizações do campo, como garantia de um direito absoluto e ilimitado, legitimando a concentração de imensas áreas nas mãos de poucas pessoas e grupos, enquanto a maioria da população se encontra excluída.

O objetivo da Campanha é exigir do Estado a garantia do direito à propriedade da terra a todos os brasileiros e brasileiras que tiram seu sustento da terra. Além disso, a Campanha também está engajada na luta contra o agronegócio e o hidronegócio no Brasil, que destroem o meio ambiente, a biodiversidade e expulsam milhares de trabalhadores rurais, quilombolas, indígenas e comunidades ribeirinhas.

A campanha é realizada no território nacional, coordenada pelo FNRA e se propõe mobilizar e debater em todos os espaços públicos: nas escolas, igrejas, sindicatos, associações, assembleias legislativas, câmaras municipais, meios de comunicação e outros espaços, com a finalidade de sensibilizar a sociedade e buscar seu apoio.

Esta cartilha é um instrumento de estudo dos principais temas desse debate, que devem ser aprofundados e discutidos amplamente. É fundamental que todos e todas que defendem o direito à vida com dignidade para o conjunto da população assumam esta campanha e ajudem a conquistar a democratização da terra e a nossa soberania territorial e alimentar.

http://www.limitedaterra.org.br/index.php

sábado, 24 de julho de 2010

Mística

Não é fácil encaixar as palavras para falar da mística. Porque no fundo nela o que vale é o sentimento, por isto não se expressa tão voluntariamente por uma descrição racional.

Mas vale uma tentativa, primeiro, para depois utilizar de um instrumento mais eficaz: uma motagem de fotografias e uma bela música.

A mística aqui tratada são representações simbólicas que ativam reflexões a partir da sensibilização. Ativa paixões, ódio de classe, autoreconhecimento, solidariedade, sonhos, protagonismo etc.

Para isto, a arte engajada é um instrumento poderoso. O teatro, a música, fotografias, vídeos...

Diferentes movimentos e organizações sociais têm utilizado a mística como parte da política de formação e ou da sua estrutura organizativa.

(um pouco mais de teoria - estudo sobre a mística do MST)

Agora, mais fácil para explicar e entender é usar um belo exemplo: feito por Andressa Carvalho com fotografias na bela música de Milton Nascimento: "Coração Civil" (clique na fotogafia).


A própria letra de Milton, já nos coloca várias reflexões que as imagens, e no caso, para mim já é o suficiente para me colocar em prantos e relembrar os motivos de estar a meia noite, fazendo este site: o sonho por uma outra sociedade!

Coração Civil

Milton Nascimento

Composição: Milton Nascimento e Fernando Brant

Quero a utopia, quero tudo e mais

Quero a felicidade nos olhos de um pai

Quero a alegria muita gente feliz

Quero que a justiça reine em meu país

Quero a liberdade, quero o vinho e o pão

Quero ser amizade, quero amor, prazer

Quero nossa cidade sempre ensolarada

Os meninos e o povo no poder, eu quero ver

São José da Costa Rica, coração civil

Me inspire no meu sonho de amor Brasil

Se o poeta é o que sonha o que vai ser real

Bom sonhar coisas boas que o homem faz

E esperar pelos frutos no quintal

Sem polícia, nem a milícia, nem feitiço, cadê poder ?

Viva a preguiça viva a malícia que só a gente é que sabe ter

Assim dizendo a minha utopia eu vou levando a vida

Eu viver bem melhor

Doido pra ver o meu sonho teimoso,um dia se realizar

http://www.youtube.com/watch?v=ojawH3Jyhwc

A que nos propomos?


A que nos propomos? Não eu. Mas eu, você e tantos outros que se movimentam por uma outra "Política", uma Política com "P" maiúscula.

Promessas, discursos, populismo, elitismo, corrupção...

Não, não é nada disso. Ahhhh (Grito!)

Mas sim, uma Política onde eu, cidadão, possa debater com outros cidadãos: possamos debater o que queremos para:

- nossa rua: se queremos asfalto, paralelepípido ou a rua sem asfalto mesmo;

- nossa praça: se queremos árvores e quais árvores, se queremos bancos para sentar ou deitar, se queremos brinquedos para nossas crianças, se queremos banheiros para aquela hora de aperto, seja nossa ou mesmo para os transeuntes não precisarem se esconder atrás de uma árvore para fazerem suas necessidades...

- a escola de nossos filhos ou onde estudamos: o que nós e nossos filhos estamos aprendendo, como estão ensinando nos ensinando? Faz algum sentido? Tem valores cidadãos, que incentivam o protagonismo e a participação política?

- o nosso trabalho, nossa vida: sabemos qual é o nosso papel social, qual a importância do nosso trabalho, qual é a abertura para a participação das decisões do meu próprio serviço, eu gosto do meu trabalho, eu gosto da minha vida?

Enfim, uma sociedade onde a opinião do cidadão é mais do que um voto! É decisivo, é o cimento, a construção da nossa cidade, da nossa História, da nossa Vida!

Neste sentindo, com uma pretenção humilde de dialogar com quem não se contenta com o"alpiste" de cada dia, este blog se propõe a trazer debates, reflexões, artigos e propostas de estudos neste sentido, no sentido da Política com "P" Maiúscula!

Algumas Místicas:

Selecionei algumas místicas ou obras de artes que podem servir como um instrumento místico.

Canto das Três Raças
(fotografias, música de Mauro Duarte e Paulo Cesar Pinheiro, cantada e montagem Mariana e Zelão)

Coração Civil
(fotografias, música "Coração Civil de Milton Nascimento, montagem: Andressa Carvalho)

O Analfabeto Político
(poesia de Bertolt Brecht)

Operáio em Construção
(poesia de Vinícius de Moraes, narração Diego Rodrigues Gonçalves)

Um estudo sobre a mística
(artigo de Rafael Bellan Rodrigues de Souza)

Quem sou eu?


Elcio Magalhães
Um relampiar de indignação, um toró de emoções, uma sina de lutar... A alquimia da vida me fez sonhar e lutar por outra sociedade. Filho de migrantes nordestinos, cresci nas periferias, trabalhei desde criança, estudei e conheci lindas pessoas. “O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem." Guimarães Rosa

saiba mais...

Hoje sou eu, mas quero que sejamos nós... Me ajude a construir este espaço!

Contatos:

E-mail: elciosm@gmail.com

Telefone: (61) 9120-0172

Blog: http://relampiar.blogspot.com/

Twitter: http://twitter.com/elciosm

Em Construção...

Ainda é um sonho, logo será construção e um pouco mais realidade!

Arquivos pelo nome do Texto

Por ordem alfabética:

Comunicação e cultura subalterna: o papel da mística no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
- Rafael Bellan Rodrigues de Souza

Empírica- ITCP / Unicamp

Equador: Nota de Atilio Boron sobre o frustrado golpe de estado - Atílio Boron



Três histórias e uma terra - Brasil - Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo (FNRA)

Arquivos pelo Nome do Autor

Por ordem alfabética:

Boron, Atílio - Equador: Nota de Atilio Boron sobre o frustrado golpe de estado

Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo (FNRA)
- Três Histórias e uma Terra - Brasil

Souza, Rafael Bellan Rodrigues de
- Comunicação e cultura subalterna: o papel da mística no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Filmes

Abaixo uma lista de filmes que podem ser utilizados para oficina-debate:

A Batalha do Chile

Este Documentário trata do período do Governo Allende /Chile

“Les LIP, L’Imagination au Pouvoir” - Os LIPs, a imaginação ao poder

Este filme trata da história da transformação de uma fábrica capitalista em uma fábrica autogestionária.

Machuca

Este filme trata da realidade e amizade de duas crianças chilenas, de classes sociais diferentes, no período do golpe militar ao Governo socialista de Allende e instalação da violenta ditadura militar de Pinochet.


História da Autogestão

Alguns textos relativos ao tema:

Chile (1973): 11 de setembro chileno

França (1973): A luta dos trabalhadores da LIP

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Revistas e Publicações

Abaixo a lista de Revistas, Cadernos e outras Publicações:

Empírica- ITCP / Unicamp

Especiais- MST

terça-feira, 13 de julho de 2010

Machuca


Chile, 1973. Gonzalo Infante (Matías Quer) e Pedro Machuca (Ariel Mateluna) são dois garotos de 11 anos que vivem em Santiago. O primeiro, numa bela casa situada num bairro de classe média. O segundo, num humilde povoado ilegal instalado a poucos metros de distância da escola. Dois mundos separados por uma muralha invisível que alguns sonham em derrubar na intenção de construir uma sociedade mais justa, como o padre McEnroe (Ernesto Malbran), diretor de um colégio particular de elite onde Gonzalo estuda. Em meio à política socialista instalada por Salvador Allende no país, o diretor decide fazer uma integração entre estes dois universos, abrindo as portas do colégio para os filhos das famílias do povoado. É assim que Pedro Machuca (Ariel Mateluna) vai parar na mesma sala de Gonzalo, ponto de partida para uma amizade cheia de descobertas e surpresas, que acontece paralelamente ao clima de enfrentamento que vive a sociedade chilena perante o golpe militar ao governo de Allende e instalação da violentar ditadura militar de Pinochet.

Este bom filme, recriará uma palavra de órdem utilizada em muitas das atividades da esquerda brasileira: "Quem não for direitista, pule!"

Ficha Técnica:

Título no Brasil: Machuca
Título Original: Machuca
País de Origem: Chile / Espanha / Reino Unido / França
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 120 minutos
Ano de Lançamento: 2004
Site Oficial: http://www.machucacine.cl
Estúdio/Distrib.: Videofilmes
Direção: Andrés Wood

Clique aqui para ver o Trailer de "Machuca" no Youtube!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

A Batalha do Chile

Considerado um dos melhores e mais completos documentários latino-americanos, A Batalha do Chile é o resultado de seis anos de trabalho. Dividido em três partes (A insurreição da burguesia, O golpe militar e O poder popular), o filme cobre um dos períodos mais turbulentos da história do Chile, a partir dos esforços do presidente Salvador Allende em implantar um regime socialista (valendo-se da estrutura democrática) até as brutais conseqüências do golpe de estado que, em 1974, instaurou a ditadura do general Augusto Pinochet.

Ficha Técnica: Diretor: Patricio Guzman. Ano de Produção: 1975, 1977 e 1979. Duração: 100 min., 90 min., 82 min. Paizes de Podução: Cuba, Chile, França e Venezuela. Idioma: Espanhol (legendado em Português).

Clique aqui para assistir o "A Batalha do Chile" no youtube!